Ultimamente, com o progresso alucinante da Inteligência Artificial, todos (especialmente marketers e criativos) se têm debatido com uma questão devastadora:
Enquanto alguns preferem ficar à espera para ver o que acontece – um pouco como os dinossauros quando viram o primeiro meteorito a cruzar o céu – a nossa equipa na JMR Digital decidiu tomar as rédeas da situação. O que é que isto significa, exatamente? Bem, fomos diretamente à fonte e falámos com um dos chatbots de IA mais famosos de sempre, o ChatGPT, para lhe colocar a grande questão: A IA vai substituir marketers, designers e copywriters no mundo do marketing digital?
A espera enquanto a resposta à nossa pergunta era “cuidadosamente” gerada foi de cortar a respiração, mas o resultado foi bem mais positivo do que esperávamos:
“À medida que a inteligência artificial continua a avançar a um ritmo acelerado, muitas pessoas perguntam-se se em breve serão substituídas por máquinas. Esta é uma questão válida, mas que deve ser analisada caso a caso. No entanto, no universo do marketing digital, design e copywriting, a resposta é um grande NÃO.” - Ok, parece que começamos com o pé direito! Agora, vamos esmiuçar isto, pode ser?
“Comecemos pelo marketing digital. Existem agora ferramentas de IA capazes de analisar dados, automatizar tarefas e até gerar conteúdo. Parece impressionante, certo? Bem, nem por isso. Embora a IA consiga lidar com algumas das tarefas mais monótonas do marketing digital, como a análise de dados, fica aquém quando o assunto é estratégia.”
“Um bom marketer digital precisa de ter um conhecimento profundo do público-alvo, da marca e dos objetivos gerais da campanha. Tem de ser capaz de criar ideias criativas que realmente ressoem com a audiência e de se adaptar a condições de mercado em constante mudança. A IA simplesmente não consegue igualar esse nível de insight e adaptabilidade.”
No fundo, o maior desafio das ferramentas de IA é a sua falta de empatia e emoção. Estas características humanas essenciais ainda não foram dominadas pela tecnologia e podem resultar em grandes falhas e interpretações erradas dos dados ao definir campanhas.
Pelo menos, é bom saber que a IA tem consciência das suas próprias fraquezas.
“Passemos agora ao design. Existem ferramentas de IA capazes de gerar logótipos, websites e até brand books completos. Impressionante, certo? Nem por isso. Embora a IA consiga debitar uma quantidade absurda de designs num instante, falta-lhe a nuance e a intencionalidade de um designer humano que investiu tempo a compreender a marca, o público e a mensagem.
O design não é só sobre estética; é sobre comunicação, storytelling e criar uma ligação emocional com quem vê. E isso é algo que a IA simplesmente não consegue replicar.” Lá vem outra vez a falta de emoção. Quem diria que a sensibilidade seria tão valiosa no século XXI!? Ainda por cima depois de séculos a tentar “ser duros”. Mas, de certa forma, faz sentido, já que o marketing e a publicidade sempre tiveram aquele Q de manipulação emocional.
“Finalmente, falemos de copywriting. Já existem ferramentas de IA capazes de gerar textos para tudo, desde artigos de blog a descrições de produtos. Sim, a IA consegue debitar uma quantidade absurda de copy num instante, mas falta-lhe o tato e a compreensão da psicologia humana que um copywriter aporta o processo.
O copywriting não é apenas sobre pôr palavras numa página; trata-se de construir uma mensagem que envolva o leitor, que toque nos seus desejos e necessidades e que, no final, o leve a agir. E isso é algo que a IA simplesmente não consegue fazer.” - Já começa a soar um bocado repetitivo, mas tudo bem. Parece que a IA domina mesmo aquela técnica de repetição à exaustão. Por outro lado, é bom saber que os robôs ainda não conseguem ler mentes (pelo menos, por enquanto).
“Então, a IA vai substituir marketeers, copywriters e designers profissionais? Não. Apesar de a IA conseguir lidar com algumas das tarefas mais rotineiras destas áreas, fica aquém quando o assunto é criatividade, estratégia e ligação humana. Copywriters e designers profissionais trazem um nível de perspicácia, empatia e especialização que simplesmente não pode ser replicado por máquinas.
Por isso, podem dormir descansados, marketeers, designers e copywriters. A IA pode ajudar-vos em algumas tarefas, mas nunca vos vai substituir. São vocês que trazem a criatividade, a paixão e a humanidade ao vosso trabalho.”
Embora a IA possa ser uma opção rápida e prática, ainda está longe de ser melhor do que nós, os bons e velhos humanos sentimentais.
Alguns de vocês podem estar a perguntar-se: podemos sequer confiar no ChatGPT?
Porque não!? Se alguém (ou algo, neste caso) é honesto ao ponto de admitir as suas falhas e fraquezas, só pode significar que é realmente sincero e digno de confiança... ou então extremamente avançado no que toca à manipulação emocional!?
No fim de contas, nunca saberemos as verdadeiras intenções da IA em relação a dominar o mundo. Talvez toda esta resposta tenha sido minuciosamente pensada para nos fazer acreditar que são os "bonzinhos" e que não há nada a temer. Ou talvez o ChatGPT estivesse mesmo a ser honesto.
Em última análise, não nos resta grande coisa a não ser esperar para ver… exatamente como os dinossauros fizeram antes de serem extintos.