Trabalhar no mundo stressante das corporações modernas costumava ser sinónimo de níveis absurdos de ansiedade constante e fora de controle, tal como a nossa vontade de existir ao final de cada dia. No entanto, recentement, a ansiedade e o bem-estar no local de trabalho tornaram-se tópicos de destaque, tudo graças ao conceito de work/life balance.
Contrariamente ao que alguns podem dizer, manter um equilíbrio saudável entre a vida pessoal e profissional não é apenas mais uma moda imposta por influenciadores do TikTok ou gurus de lifestyle. Estudos mostram que um ambiente de trabalho de qualidade pode, de facto, ter um impacto profundo no desempenho diário, independentemente da área na qual nos inserimos. Quanto melhor e mais feliz te sentires, maior será a probabilidade de dares o teu melhor nas tarefas do dia a dia.
As pessoas sentem uma pressão constante para serem bem-sucedidas. Isto não só gera imenso stress, leva a esgotamentos (burnout) e origina um declínio no bem-estar geral, como também afeta negativamente a saúde mental. Tal como a saúde física é crucial para um bom desempenho, a saúde mental tem um papel igualmente importante em ajudar-te a ser a tua melhor versão, seja qual for a tua função.
São já vastos os dados que apoiam a correlação positiva entre saúde mental e desempenho no trabalho. Diversos estudos mostram repetidamente que as pessoas que dão prioridade ao bem-estar mental estão mais envolvidas, são mais criativas e mostram-se mais resilientes perante os desafios diários. O mesmo se aplica a empresas e grandes organizações.
Empresas que investem em iniciativas de saúde mental para os seus colaboradores observam níveis mais altos de produtividade, menores taxas de absentismo e uma melhor retenção de talento a médio e longo prazo. Além disso, estudos recentes mostram que, quando podem escolher, as pessoas preferem um ambiente de trabalho equilibrado e saudável a salários mais altos.
Os números não mentem—dar prioridade à saúde mental não é apenas uma medida simpática ou uma tática de marketing. É um investimento estratégico no sucesso de qualquer organização.
Como um possível auxílio à saúde mental, a ideia da semana de trabalho de 4 dias tem ganho força em alguns países, fazendo com que muitas empresas questionem se esta opção é realmente o caminho a seguir. Os defensores argumentam que uma semana de trabalho mais curta não só melhora o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal (já que ganhas um dia extra para te moldares ao sofá), mas também contribui significativamente para a melhoria da tua saúde mental. Esta melhoria, por sua vez, aumenta as endorfinas no teu cérebro, transformando-te no Speedy Gonzalez durante os dias de trabalho, aumentando os níveis de produtividade e desempenho (ou seja, trabalhas mais em menos dias).
Agora, será que isso é verdade? Não temos a certeza. Mas imagina teres um dia extra para recarregar energias, passar tempo com as pessoas que amas, fazer atividades que te deixam feliz e ainda poderes dormir até ao meio-dia. Não nos podes dizer que isso não soa bem!
A importância do equilíbrio entre trabalho e vida pessoal não pode ser subestimada, especialmente no contexto da saúde mental. O compromisso de criar iniciativas positivas não é apenas uma tendência, mas sim um passo necessário para construir um ambiente de trabalho próspero e sustentável, onde a produtividade é rei … e a felicidade rainha.
À medida que as empresas enfrentam os desafios do mundo moderno, torna-se cada vez mais claro que a saúde mental não é um luxo, mas sim um pilar do sucesso. Certo, algumas ideias podem parecer contraproducentes (como trabalhar menos dias), mas a realidade é exatamente o oposto! O desempenho e os resultados surgem da felicidade, e NÃO de te trabalhares até à exaustão.